29 de out. de 2010

Proposta Ana Divino

Segue abaixo a proposta e o cronograma do vídeo que farei para o espetáculo Olho.


Proposta:

Realizarei um vídeo poesia que tratará do meu olhar sobre o corpo, um corpo específico, em diálogo com a grande cidade, um corpo fatiado, decupado, fragmentado mas ao mesmo tempo poético.

QUE POESIA HÁ EM NÓS?

O início com pequenos movimentos de partes do corpo. As mãos, as pontas dos dedos, as uhas dos pés, os cílios.
Meu próprio corpo em um fundo de tintas multicoloridas ou branco ou ambos.
Pequenos movimentos, detalhes de um corpo que de repente explode em um olho... que vê:
- a cidade em sua magnitude e rudeza
- a arte do outro (fotos de Gislaine Cabral)
- o corpo do outro ( imagens do ensaio)
- a natureza em seu esplendor
As imagens entram e saem pelos buracos do corpo. Ouvidos (imagens em que o som é o destaque), nariz (imagens em que a sugestão de cheiro é o destaque), o ânus cloaca, um buraco só pela qual saem os excessos do homem (imagem característica desse excesso com uma gargalhada estrondosa).
O ritmo cai e a câmera entra pelo umbigo, percorre entranhas de metal da cidade até culminar no nascimento de uma poesia (imagem da "vida brotando de um impossível chão" - que poderá ser água, planta, luz, algo vivo!).

um pequena decupagem

Plano 1
Câmera passeando pelo meu corpo, desde os meus pés até a cabeça, passando pela lateral do corpo, costas, ombros, cabelo e entrando pelo olho. SOM dos barulhos da cidade.

Plano 2
Flashes da cidade, da arte e do ensaio. Montagem em ritmo crescente até uma imagem de fumaça entrando em algo (inverter a imagem gravada). SOM MININAL

Plano 3
Fumaça saindo pelo nariz. Câmera acompanha fumaça e continua passeando pelo corpo, percorrendo rosto, dorso, desce pelas costas e entra pelo ânus. SOM dos barulhos da cidade

Plano 4
Entranhas da cidade. Cabos, tubos, ferros, etc.SOM MININAL começa a reverberar e e aumentar. Vai reveberande e aumentando.

Plano 5
Zoom out do ouvido. A imagem tb reverbera. O corpo se mexe e a câmera o segue passando pela boca, os dedos molhados deixam uma gota na boca. A gota escorre pelo corpo e chega até o umbigo. Câmera entra pelo umbigo. SOM do trânsito.

Plano 6
Imagem de um fio de àgua escorrendo pela cidade. (Produzir ou encontrar). SOM MININAL

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